Donald Trump comparou a situação de Bolsonaro à sua própria, afirmando que a condenação era “muito semelhante ao que tentaram fazer” consigo.

Esta posição foi formalizada através de ações concretas, como a imposição de tarifas de 50% sobre vários produtos brasileiros, numa clara tentativa de pressionar o sistema judicial do Brasil. O secretário de Estado, Marco Rubio, ecoou a retórica de Trump, alertando que “os Estados Unidos responderão em conformidade a esta caça às bruxas”.

A Casa Branca chegou a admitir o uso do seu “poderio económico e militar para proteger a liberdade de expressão no mundo”, uma declaração que foi interpretada como uma ameaça direta.

O governo americano também sancionou o juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, instrutor do caso, acusando-o de violar os direitos humanos. Em resposta, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, publicou um artigo de opinião no The New York Times, dirigindo-se a Trump e acusando os EUA de usarem as tarifas “para procurar a impunidade” de Bolsonaro.

Lula defendeu a soberania do sistema judicial brasileiro, afirmando: “Presidente Trump, continuamos abertos a negociar tudo o que possa trazer benefícios mútuos.

Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão em causa”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro também reagiu, garantindo que o país não se deixará “intimidar por qualquer forma de atentado à nossa soberania”.