A presidência de Donald Trump tem sido marcada por acusações de racismo, que foram intensificadas por declarações de figuras políticas e pela análise das suas políticas de segurança. O senador estadual de Nova Iorque, Luis Sepúlveda, descreveu Trump como “um dos presidentes mais racistas que os Estados Unidos já tiveram”, afirmando que ao Presidente “interessa que nos Estados Unidos só vivam pessoas brancas”. Sepúlveda criticou a retórica de Trump, como a sua proposta de abrir as portas a cidadãos brancos da África do Sul, e lamentou que muitos latinos tenham votado nele apesar das suas promessas. Estas acusações ganham contexto com a estratégia de Trump de enviar a Guarda Nacional para cidades específicas.
Uma análise revela que as cidades alvo, como Washington, Chicago, Los Angeles, Nova Orleães e Memphis, são governadas por democratas e têm uma população maioritariamente não-branca e, em todos os casos, são lideradas por “mayors” negros. O senador Sepúlveda argumentou que esta é uma arma política, notando que estados controlados por republicanos com níveis de violência mais elevados, como a Luisiana, não receberam a mesma intervenção. A criminologista Andrea Headley, da Universidade Georgetown, corrobora esta visão, afirmando que “os termos que estão sendo utilizados são problemáticos e beiram os estereótipos raciais”.
A retórica de Trump, que chamou Los Angeles de uma metrópole tomada por “invasores criminais e anarquia”, é vista por especialistas como uma continuação de um longo historial de racismo na segurança pública dos EUA, enfraquecendo a separação entre polícias locais e as Forças Armadas federais.
Em resumoAs acusações de racismo contra Donald Trump são sustentadas tanto pela sua retórica como pelas suas ações políticas, nomeadamente o envio seletivo da Guarda Nacional para cidades com forte presença de minorias e liderança democrata. Esta estratégia é interpretada por críticos como uma politização da segurança pública que explora divisões raciais e aprofunda a desconfiança nas instituições, em vez de combater eficazmente a criminalidade.