O Presidente Donald Trump, um aliado próximo de Bolsonaro, manifestou-se "surpreso" com a condenação, descreveu o ex-líder brasileiro como um "bom homem" e comparou a situação com os seus próprios problemas legais nos EUA. A tensão já se tinha materializado antes do veredito final, com a imposição por parte de Washington de uma tarifa de 50% sobre a maioria dos produtos brasileiros, uma medida vista como uma forma de pressão sobre o sistema judicial do Brasil. Além disso, o governo americano sancionou o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do caso.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, elevou o tom ao afirmar que Trump "não tem medo de usar o poderio económico e militar dos EUA para proteger a liberdade de expressão no mundo". Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil condenou as "ameaças de uso da força" e a tentativa de interferência na sua soberania, garantindo que as suas instituições não se deixarão intimidar. O Presidente Lula da Silva, num artigo de opinião, dirigiu-se diretamente a Trump, afirmando que "a democracia e a soberania do Brasil não estão em causa".