A decisão adia, mais uma vez, a suspensão da popular rede social, que tem sido alvo de escrutínio por questões de segurança nacional. O acordo representa o culminar de um longo período de incerteza para os cerca de 100 milhões de utilizadores do TikTok nos EUA. Desde 2020 que o Presidente Donald Trump ameaçava banir a aplicação, detida pela empresa chinesa ByteDance, citando receios de que os dados dos utilizadores pudessem ser acedidos pelo governo chinês.

Após sucessivos adiamentos em janeiro, abril e junho, o prazo final para uma venda ou proibição tinha sido estabelecido para 17 de setembro.

As negociações intensificaram-se em Madrid, onde delegações dos dois países alcançaram um "consenso básico".

O pacto prevê que a filial do TikTok nos EUA passe a estar sob propriedade norte-americana, resolvendo assim as preocupações de segurança de Washington.

A imprensa estatal chinesa descreveu o acordo como sendo assente na "cooperação mutuamente benéfica" e nos "princípios do respeito mútuo e da coexistência pacífica".

A postura de Trump em relação à plataforma evoluiu; inicialmente um crítico feroz por motivos de segurança, o Presidente adota agora uma posição mais favorável, reconhecendo que a aplicação lhe permitiu "aproximar-se do eleitorado jovem durante a campanha eleitoral".

Numa publicação na sua rede social, Trump celebrou o acordo sobre "uma 'certa' empresa que os jovens do nosso país querem realmente manter".

O acordo deverá ser finalizado numa conversa telefónica entre Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e o novo prazo para a reestruturação da empresa foi estendido até 16 de dezembro.