No entanto, a abordagem norte-americana tem sido alvo de críticas por parte da União Europeia, que questiona a sua eficácia e acusa a Rússia de desrespeitar as tentativas de mediação. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, confirmou que Donald Trump irá "provavelmente reunir-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na próxima semana em Nova Iorque", durante a Assembleia Geral da ONU. Rubio acrescentou que Trump ainda espera negociar um acordo de paz que envolva o Presidente russo, Vladimir Putin.

A postura de Trump em relação ao conflito endureceu ao longo do verão; após meses a evitar condenar Moscovo, o presidente norte-americano considerou recentemente a Rússia como "agressora".

Trump expressou frustração com a falta de progresso nas negociações, afirmando que a sua paciência com Putin está a "esgotar-se rapidamente" e admitindo a possibilidade de sanções contra bancos e o setor petrolífero russo.

Contudo, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, manifestou ceticismo em relação à estratégia dos EUA, afirmando numa entrevista à Lusa: "Não tenho visto os Estados Unidos a fazer nada contra a Rússia".

Kallas contrastou a inação americana com os pacotes de sanções europeus e sublinhou que os esforços de mediação de Trump foram recebidos com desdém por Moscovo, declarando que "está claro que [o Presidente russo, Vladimir] Putin goza com esses esforços".