A medida tem sido recebida com resistência por parte das autoridades locais, que a consideram uma intervenção federal indesejada e politicamente motivada.

O Presidente Donald Trump anunciou o envio de tropas da Guarda Nacional e agentes federais para Memphis, no Tennessee, seguindo o modelo já aplicado em Washington D.C.

e Los Angeles.

Trump afirmou que o presidente da câmara de Memphis, o democrata Paul Young, estava "feliz" com a decisão, mas Young contradisse-o publicamente, declarando à CNN: "Certamente não estou feliz com a Guarda Nacional". A justificação oficial para estas mobilizações é a luta contra o crime, mas analistas e políticos da oposição apontam para um padrão de intervenção em cidades com liderança democrata e populações maioritariamente não-brancas, como Chicago, Nova Orleães e Nova Iorque. O senador de Nova Iorque, Luis Sepúlveda, observou que Trump não envia a Guarda Nacional para estados controlados por republicanos com índices de criminalidade mais elevados.

A intervenção em Washington D.C.

foi particularmente tensa, com Trump a ameaçar declarar "emergência nacional" e "federalizar a cidade" se a polícia local não cooperasse com o Serviço de Controlo de Imigração e Alfândegas (ICE).

Esta retórica e as ações de Trump são vistas por especialistas como problemáticas, utilizando uma "linguagem que nos leva de volta a uma retórica utilizada no passado para se referir a comunidades negras e pardas", segundo a criminologista Andrea Headley.