A administração norte-americana justifica as ações como parte do combate aos cartéis, enquanto Caracas as denuncia como uma "agressão" e uma "guerra não declarada".

Donald Trump anunciou pessoalmente múltiplos ataques, afirmando que estes visaram "narcoterroristas da Venezuela" e resultaram na morte de pelo menos 17 pessoas no total.

Numa publicação, Trump declarou: "Parem de vender fentanil, narcóticos e drogas ilegais nos Estados Unidos e de cometer violência e terrorismo contra os [norte-]americanos!". A justificação para esta ofensiva militar, que inclui o envio de navios de guerra para as Caraíbas, é a luta contra cartéis como o Tren de Aragua, classificado por Washington como organização terrorista. Em resposta, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, acusou os EUA de executarem pessoas no mar "sem direito à defesa", descrevendo a situação como "uma guerra não declarada".

O Presidente Nicolás Maduro, por sua vez, acusou os EUA de prepararem uma "agressão de caráter militar", negou qualquer ligação ao narcotráfico e anunciou exercícios militares e um apelo ao alistamento na milícia para defender a soberania do país. Apesar da escalada militar e da retórica inflamada, Trump negou ter mantido conversações com a sua administração para planear uma "mudança de regime" na Venezuela.