A administração Trump intensificou drasticamente a sua política de pressão sobre a Venezuela, resultando numa perigosa escalada militar no Mar das Caraíbas que incluiu ataques a embarcações venezuelanas. Nas últimas semanas, a retórica de Washington contra o governo de Nicolás Maduro endureceu, com Donald Trump a exigir que a Venezuela aceite a deportação de prisioneiros e a ameaçar com um “preço incalculável” caso não o faça. Esta pressão diplomática foi acompanhada por uma significativa mobilização militar, descrita oficialmente como uma operação antidroga, que incluiu o envio de navios de guerra, caças F-35 e um submarino nuclear para águas internacionais perto da costa venezuelana.
A tensão atingiu um ponto crítico com a confirmação de que as forças norte-americanas realizaram múltiplos ataques contra embarcações que, segundo Trump, transportavam narcóticos e estavam ligadas a “organizações terroristas”.
Estes ataques resultaram na morte de pelo menos 17 pessoas, descritas por Trump como “narcoterroristas”.
Em resposta, o governo venezuelano acusou os EUA de conduzirem uma “guerra não declarada” e de cometerem “assassínios” em águas internacionais.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou que os EUA pretendem “semear uma guerra nas Caraíbas”, enquanto o Presidente Maduro declarou que o seu país está a preparar-se para uma “luta armada” para defender a sua soberania.
Apesar das ações militares, Trump negou ter mantido conversações sobre uma “mudança de regime” na Venezuela.
Em resumoA política da administração Trump para a Venezuela evoluiu de sanções diplomáticas para uma confrontação militar direta, com ataques a navios e uma forte presença naval, aumentando o risco de um conflito mais vasto na região, enquanto ambos os lados trocam acusações de agressão e terrorismo.