Durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, Trump admitiu que pensava que seria mais fácil negociar o fim do conflito. “Ele desiludiu-me, está a matar muitas pessoas e está a perder mais pessoas do que está a matar”, afirmou Trump, referindo-se a Putin.

Esta declaração marca um afastamento significativo da sua postura anterior, na qual evitava criticar diretamente o líder russo.

Trump também reconheceu o papel da Rússia no conflito, afirmando que “quando se é o agressor perde-se mais”, uma admissão que a sua administração se tinha recusado a fazer anteriormente.

Esta viragem retórica surge após o fracasso das tentativas de mediação dos EUA durante o verão e o aumento da agressividade russa, incluindo violações do espaço aéreo da NATO. Apesar do endurecimento do discurso, Trump condicionou a imposição de novas sanções a Moscovo à cessação da compra de petróleo russo por parte dos países europeus, colocando a responsabilidade de aumentar a pressão sobre os aliados. A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, contrapôs, afirmando que os EUA “não fizeram nada contra a Rússia” em comparação com os múltiplos pacotes de sanções europeus.