No discurso, Trump descreveu o assassinato como "um ataque contra toda a nação" e apelou à "restauração da religião" e da "ordem pública" nos Estados Unidos. O evento, que durou quase cinco horas e contou com a presença de toda a cúpula da administração norte-americana, incluindo o vice-presidente JD Vance e os secretários de Estado e da Defesa, serviu de plataforma para a mobilização da base conservadora e cristã. Trump exaltou Kirk como "um dos maiores patriotas da história dos EUA", um "mártir" e "o maior evangelista da liberdade americana", prometendo condecorá-lo postumamente com a Medalha Presidencial da Liberdade.

O presidente estabeleceu uma ligação direta entre a morte do ativista e os valores que este defendia, afirmando que "o projétil foi disparado contra ele, mas estava apontado a todos nós".

O tom do evento foi marcadamente político e religioso, com vários oradores a compararem Kirk a uma figura messiânica.

O secretário de Estado, Marco Rubio, disse que "a sua missão entre os jovens era como a de Jesus Cristo", enquanto o secretário da Defesa, Pete Hegseth, afirmou que os presentes estavam "na igreja de Charlie".

A capitalização política da tragédia foi evidente, com Trump a utilizar a ocasião para reforçar a sua agenda, prometendo "devolver a grandeza à América" e restaurar "as fronteiras, a ordem pública e Deus nos Estados Unidos".

A cerimónia, designada como um evento de segurança máxima, demonstrou a capacidade de Trump para transformar um momento de luto nacional num poderoso ato de afirmação ideológica.