O Presidente norte-americano ameaçou o governo de Nicolás Maduro com consequências "incalculáveis" caso não aceite a deportação de "prisioneiros e internados de hospitais psiquiátricos", ao mesmo tempo que anunciou ataques militares contra embarcações venezuelanas em águas internacionais, resultando em várias mortes.

Numa série de ações coordenadas, Trump demonstrou uma postura agressiva contra Caracas.

Numa publicação na sua rede social, Truth Social, exigiu que a Venezuela aceitasse "imediatamente todos os prisioneiros (...) que os dirigentes venezuelanos empurraram à força para os Estados Unidos", sob pena de o "preço que vocês pagarão ser incalculável". Simultaneamente, a sua administração pediu ao Supremo Tribunal autorização para revogar o Estatuto de Proteção Temporária (TPS) a mais de 300.000 imigrantes venezuelanos, o que permitiria a sua deportação. No plano militar, Trump anunciou pessoalmente ter ordenado ataques cinéticos contra embarcações que alegou estarem ligadas a "narcoterroristas" e ao tráfico de droga para os EUA. Estes ataques, que segundo Trump resultaram na morte de pelo menos 14 pessoas, ocorrem num contexto de crescente presença militar norte-americana nas Caraíbas, justificada como uma operação antidroga. O governo venezuelano nega as acusações, classificando as ações como uma "guerra não declarada" e uma "agressão militar" que visa uma "mudança de regime". Questionado sobre se planeava uma tal mudança, Trump negou, mas a sua administração continua a acusar Maduro de liderar o "Cartel dos Sóis" e oferece uma recompensa pela sua captura.