A atitude do presidente gerou fortes críticas por parte dos democratas, que a classificaram como um ataque à independência da justiça e um "caminho para a ditadura".

Numa publicação na sua plataforma Truth Social, Trump dirigiu-se diretamente a "Pam", lamentando que as acusações contra o senador democrata Adam Schiff e a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, ainda não tivessem sido formalizadas.

O presidente elogiou Bondi, mas sublinhou a necessidade de uma procuradora "dura" na Virgínia, anunciando a nomeação da sua antiga advogada, Lindsey Halligan, para o cargo.

A pressão surge na sequência da demissão do procurador Erik Siebert, que, segundo a imprensa norte-americana, concluiu não haver provas suficientes para processar Letitia James por suspeitas de fraude imobiliária.

A interferência direta do presidente no funcionamento do sistema judicial foi veementemente denunciada pelo líder democrata no Senado, Chuck Schumer.

Em declarações à CNN, Schumer acusou Trump de querer transformar o Departamento de Justiça "num instrumento que perseguirá os seus inimigos, sejam eles culpados ou não".

O senador alertou que "este é o caminho para a ditadura.

É isto que os ditadores fazem.

É muito perturbador e destrutivo para a nossa república".

A ação de Trump representa um desafio explícito às normas que tradicionalmente separam o poder executivo das decisões de investigação criminal, levantando sérias questões sobre o abuso de poder e a politização da justiça.