Os Estados Unidos enfrentam um risco crescente de uma paralisação do governo federal (government shutdown) devido a um impasse no Congresso sobre o financiamento temporário da administração. O Senado, de maioria republicana, chumbou uma proposta de lei que já tinha sido aprovada na Câmara dos Representantes, com os democratas a bloquearem a medida devido a cortes em programas de saúde pública. A proposta republicana visava garantir o financiamento do governo até 21 de novembro, mantendo os níveis de despesa atuais. No entanto, esta medida implicava a continuação de cortes no programa Medicaid e noutros subsídios de saúde, implementados por uma lei de isenções fiscais anterior, promovida por Trump e que o presidente batizou de "grande e bela lei". O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, justificou a oposição do seu partido, acusando os republicanos de financiarem a administração "à custa do acesso aos cuidados de saúde".
Schumer ameaçou com uma paralisação se os fundos não fossem repostos, declarando que "o povo norte-americano vai observar o que os republicanos estão a fazer".
O Presidente Trump, por sua vez, pressionou pela aprovação do projeto "sem emendas" através da sua rede social Truth, acusando Schumer de querer paralisar o governo.
A votação no Senado, com 48 votos a favor e 44 contra, ficou aquém dos 60 necessários para avançar, evidenciando a profunda divisão partidária.
O impasse deixa o país a poucos dias do prazo de 30 de setembro, com o Congresso prestes a iniciar uma pausa de uma semana, o que intensifica a urgência de um acordo para evitar a interrupção dos serviços federais.
Em resumoO risco de uma paralisação do governo dos EUA é iminente, após o Senado ter rejeitado uma proposta de financiamento temporário. O principal ponto de discórdia são os cortes em programas de saúde, com os democratas a exigirem a sua reversão, enquanto o Presidente Trump acusa a oposição de obstrucionismo.