A administração Trump implementou uma mudança radical na política de imigração para trabalhadores qualificados, ao impor uma taxa anual de 100.000 dólares sobre os pedidos de visto H-1B. A medida visa encarecer a contratação de talento estrangeiro, pressionando as grandes empresas de tecnologia a priorizar a mão de obra americana e gerando forte preocupação no setor.\n\nO Secretário do Comércio, Howard Lutnick, explicou a lógica da nova taxa, afirmando que o objetivo é que “as grandes empresas de tecnologia ou outras empresas não formem mais trabalhadores estrangeiros”. Segundo Lutnick, muitos trabalhadores estrangeiros, maioritariamente indianos, aceitam salários de cerca de 60.000 dólares anuais, valor inferior aos 100.000 dólares habitualmente pagos a trabalhadores norte-americanos da área.
Com a nova taxa, essa vantagem económica desapareceria.
A decisão afeta diretamente gigantes como Amazon, Microsoft, Google, Meta e Apple, que são os maiores empregadores de trabalhadores com vistos H-1B. A medida gerou incerteza, levando algumas empresas de Silicon Valley a aconselhar os seus funcionários com estes vistos a não saírem dos EUA.
Críticos, como Deedy Das, sócio da Menlo Ventures, argumentam que a taxa é “um desincentivo para atrair os talentos mais inteligentes do mundo” e que, se os EUA deixarem de o fazer, isso “reduzirá drasticamente a sua capacidade de inovar e fazer crescer a economia”. Em paralelo, Trump criou um “cartão dourado” para estrangeiros que paguem um milhão de dólares, abrindo uma via acelerada para a residência.
Em resumoA nova taxa de 100.000 dólares sobre os vistos H-1B é uma das medidas mais agressivas da administração Trump para reformular a imigração qualificada. A Casa Branca defende a política como uma forma de proteger os empregos americanos, mas enfrenta críticas severas do setor tecnológico, que alerta para um potencial declínio na inovação e competitividade económica dos EUA.