Numa mudança de tom, o Presidente Donald Trump garantiu que os Estados Unidos defenderão os aliados da NATO, como a Polónia e os países bálticos, em caso de escalada militar russa, ao mesmo tempo que expressou uma forte desilusão com o Presidente Vladimir Putin devido à continuação da guerra na Ucrânia. Estas declarações surgem num contexto de crescente tensão na Europa Oriental, marcado por incursões aéreas russas em espaços aéreos de membros da Aliança Atlântica.\n\nApós a Estónia denunciar a violação do seu espaço aéreo por caças russos, os EUA prometeram defender “cada centímetro do território da NATO”.
Questionado diretamente se ajudaria a defender a Polónia e os Estados Bálticos, Trump respondeu afirmativamente: “Sim, eu ajudaria, eu ajudaria”.
Esta garantia é significativa, dado o seu ceticismo anterior em relação à Aliança.
Simultaneamente, durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, Trump confessou-se “desiludido” com Putin.
“Ele desiludiu-me, está a matar muitas pessoas e está a perder mais pessoas do que está a matar”, afirmou, lamentando que não tenha sido mais fácil negociar a paz.
Trump sugeriu que a Rússia só aceitará negociar se os países europeus deixarem de comprar o seu petróleo, provocando uma descida do preço.
O novo embaixador norte-americano na ONU, Mike Waltz, reforçou a mensagem, afirmando que, enquanto os EUA tentam “encerrar esta guerra atroz”, esperam que Moscovo “procure formas de apaziguar a situação”.
Em resumoA administração Trump adotou uma postura dupla face à Rússia: por um lado, reafirmou o compromisso de defesa coletiva da NATO perante as provocações russas; por outro, Trump expressou desilusão pessoal com Putin, criticando a brutalidade da guerra na Ucrânia, embora mantendo a esperança de uma solução negociada condicionada à pressão económica europeia sobre Moscovo.