O risco de uma paralisação do governo federal dos EUA aumentou significativamente após o Senado, de maioria republicana, ter chumbado uma proposta de lei para o financiamento temporário do Estado. O impasse centra-se nos cortes a programas de saúde pública, como o Medicaid, que os democratas se recusam a aceitar, enquanto os republicanos acusam a oposição de querer paralisar o governo por razões partidárias.\n\nA proposta republicana, que previa o financiamento do governo até 21 de novembro mantendo os níveis de despesa atuais, foi rejeitada no Senado ao não alcançar os 60 votos necessários. O Presidente Donald Trump tinha instado os republicanos a aprovarem o projeto “sem emendas”, acusando o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, de querer a paralisação. No entanto, o ponto central da discórdia são os cortes na saúde resultantes de uma lei fiscal anterior de Trump, que os democratas exigem que sejam revertidos. Schumer afirmou que “o povo norte-americano vai observar o que os republicanos estão a fazer” e que o sentimento público estaria do lado dos democratas na defesa dos cuidados de saúde.
O líder da maioria republicana, John Thune, por sua vez, descreveu a sua proposta como “limpa, apartidária e contínua”, enquanto classificava a contraproposta democrata como “carregada de políticas partidárias”.
Com o prazo de 30 de setembro a aproximar-se, e com o Congresso prestes a entrar numa pausa, a falta de acordo entre os dois partidos deixa o financiamento de agências federais em suspenso.
Em resumoA disputa sobre os cortes em programas de saúde pública bloqueou a aprovação de uma lei de financiamento temporário no Congresso, colocando os EUA à beira de uma paralisação do governo. Com acusações mútuas entre republicanos e democratas, e com o Presidente Trump a pressionar pela aprovação da sua proposta, o impasse reflete a profunda divisão ideológica em Washington.