A declaração surge num contexto de crescente tensão devido a recentes incursões russas nos céus de países como a Polónia e a Estónia.

A afirmação de Trump ocorreu durante um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Nova Iorque.

Questionado se os países da NATO deveriam abater os aviões russos invasores, Trump respondeu afirmativamente: “Sim, acho que devem”. No entanto, quando confrontado sobre se os EUA se juntariam a tal esforço, a sua resposta foi mais cautelosa: “Depende das circunstâncias.

Somos muito fortes em relação à NATO”.

A posição de Trump ecoa o sentimento de alguns líderes da aliança, como o presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, que pediu uma “demonstração de força” e considerou que “a abertura de fogo seria uma alternativa” se as violações continuassem.

Contudo, esta postura mais agressiva não é consensual.

O ministro da Defesa alemão apelou à calma, advertindo os membros da NATO para não caírem na “armadilha” da Rússia. Da mesma forma, o secretário de Estado dos EUA rejeitou declarações do primeiro-ministro polaco que se preparava para abater caças estrangeiros. As declarações de Trump expõem, assim, uma potencial divisão no seio da aliança sobre a melhor forma de responder às provocações de Moscovo, com o presidente norte-americano a favorecer uma resposta mais direta e potencialmente escalatória.