A decisão gerou preocupação nos setores tecnológico e empresarial, que dependem de talento internacional.

O programa de vistos H-1B permite que empresas norte-americanas contratem trabalhadores estrangeiros em áreas especializadas como tecnologia e engenharia.

A nova taxa de 100.000 dólares, a ser paga pelo empregador, representa um aumento drástico em relação aos custos anteriores.

O secretário do Comércio, Howard Lutnick, explicou a lógica da medida: “Se [as empresas] vão treinar alguém, treinem um dos recém-formados de uma das grandes universidades do nosso país”.

A taxa foi concebida para eliminar a vantagem de custo na contratação de trabalhadores estrangeiros, que por vezes aceitam salários mais baixos.

Empresas como Amazon, Microsoft, Google e Apple estão entre as maiores utilizadoras de vistos H-1B, sendo a maioria dos beneficiários cidadãos indianos.

Os críticos argumentam que a política prejudicará a competitividade dos EUA.

Deedy Das, da Menlo Ventures, classificou-a como um “desincentivo para atrair os talentos mais inteligentes do mundo”, o que irá “reduzir drasticamente a sua capacidade de inovar e fazer crescer a economia”.

A medida criou incerteza, com algumas empresas a aconselharem os seus funcionários com estes vistos a não saírem dos EUA.

A política poderá também levar as empresas americanas a abrir mais centros tecnológicos no estrangeiro, especialmente na Índia.