A sua intervenção foi marcada por um tom desafiador e autoelogioso, que contrastou com a habitual diplomacia do evento.

Durante a sua intervenção, Trump questionou a eficácia da ONU, descrevendo as suas resoluções como “palavras vazias” que não resolvem guerras e gabando-se de ter, sozinho, terminado sete conflitos. O presidente norte-americano dirigiu fortes críticas aos países europeus, acusando-os de estarem a cometer “suicídio económico” com as suas políticas de combate às alterações climáticas, que classificou como “o maior embuste já feito à humanidade”, e de estarem “a caminho do inferno” devido à imigração descontrolada.

No que toca à guerra na Ucrânia, criticou os aliados da NATO, bem como a Índia e a China, por continuarem a comprar energia russa, afirmando que estão a “financiar o inimigo contra si próprios”.

O discurso teve também um cariz de comício político, com ataques à administração anterior e numerosos autoelogios, como a alegação de ter transformado Washington D.C.

de “capital do crime em cidade segura”.

Apesar do tom agressivo, Trump mencionou ter tido “boa química” num breve encontro com o presidente brasileiro Lula da Silva, embora tenha, no mesmo discurso, anunciado tarifas contra o Brasil.

A sua fala foi descrita por analistas como “trumpismo em estado bruto”, reafirmando a sua doutrina “America First” perante uma plateia de líderes mundiais que, desta vez, reagiu maioritariamente em silêncio.