A declaração, feita durante um encontro com o presidente ucraniano, representa uma escalada na retórica e sugere uma abordagem mais direta ao confronto com a Rússia.

Questionado diretamente sobre o assunto, Trump respondeu afirmativamente: “Sim, acho que devem”.

Esta posição surge na sequência de vários incidentes recentes, incluindo a entrada de drones e caças russos no espaço aéreo da Polónia e da Estónia.

A postura de Trump contrasta com a de outros líderes aliados, como o presidente francês Emmanuel Macron, que, embora defendendo uma resposta “um pouco mais forte” às provocações, frisou: “não vamos abrir fogo”. A sugestão de Trump alinha-se, no entanto, com a do presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, que pediu uma atualização das “regras de resposta” da NATO, considerando que “a abertura de fogo seria uma alternativa”. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, tentou moderar a declaração, afirmando que ninguém está a falar de “abater caças russos a não ser que estejam a atacar”.

A declaração de Trump gerou reações imediatas, com o ministro da Defesa alemão a apelar à calma para não cair na “armadilha” da Rússia.

A posição do presidente americano sugere uma disposição para que a aliança assuma uma postura mais conflituosa, em vez de se limitar a fornecer armas à Ucrânia.