A participação de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU foi marcada por uma série de incidentes técnicos que o presidente classificou como uma “tripla sabotagem”. Trump exigiu uma investigação imediata à ONU, acusando a organização de uma conspiração deliberada contra si. Na sua rede Truth Social, Trump descreveu o que considerou serem “três eventos muito sinistros”: uma paragem brusca da escada rolante à sua chegada, um teleponto que ficou “totalmente escuro” durante o seu discurso e uma falha no sistema de som. “Não foi uma coincidência, foi uma tripla sabotagem na ONU. Deveriam ter vergonha”, escreveu o presidente, afirmando que iria enviar uma carta ao Secretário-Geral a exigir uma “investigação imediata”.
A Casa Branca ecoou o sentimento, com a porta-voz Karoline Leavitt a declarar que, se um funcionário da ONU interrompeu a escada rolante intencionalmente, “deve ser despedido e sujeito a investigação”.
No entanto, as alegações de Trump foram contestadas por fontes da ONU. O porta-voz da organização, Stephane Dujarric, sugeriu que um videógrafo da delegação dos EUA pode ter “inadvertidamente” acionado o mecanismo de paragem da escada rolante. Além disso, um oficial da ONU, falando sob condição de anonimato, afirmou que a responsabilidade pela operação do teleponto era da própria Casa Branca, minando a acusação de sabotagem externa.
Em resumoDonald Trump enquadrou uma série de falhas técnicas durante a sua visita à ONU como uma “tripla sabotagem”, exigindo uma investigação e alimentando a sua narrativa de ser alvo de instituições globais. Apesar das suas acusações, fontes da ONU atribuíram os incidentes a um acidente e à responsabilidade operacional da própria Casa Branca, evidenciando a profunda desconfiança entre a administração Trump e as Nações Unidas.