A ONU já respondeu, garantindo total cooperação e transparência na averiguação dos factos.

Durante a sua participação na 80.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, Donald Trump enfrentou três incidentes que considerou deliberados. Numa publicação na sua plataforma Truth Social, descreveu uma falha numa escada rolante à sua chegada, problemas com o teleponto durante o seu discurso e deficiências no sistema de som da sala.

“Não foi uma coincidência, foi uma tripla sabotagem na ONU. Deveriam ter vergonha”, escreveu Trump, acrescentando que enviou uma carta ao secretário-geral António Guterres a exigir uma “investigação imediata”.

A Casa Branca ecoou a indignação, com a porta-voz Karoline Leavitt a declarar que, se um funcionário da ONU parou a escada rolante intencionalmente, “deveria ser imediatamente despedido e investigado”.

Em resposta, o gabinete de Guterres informou ter recebido a mensagem da Missão Permanente dos EUA e que já tinha ordenado uma “investigação completa”.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que a organização está “pronta para cooperar com total transparência com as autoridades americanas”.

No entanto, fontes da ONU sugeriram explicações alternativas, como um videógrafo da delegação dos EUA ter acionado acidentalmente o mecanismo de paragem da escada rolante e a Casa Branca ser a responsável pela operação do teleponto.

O episódio agrava a já tensa relação de Trump com a organização, que criticou duramente no seu discurso por ineficiência e por promover, na sua opinião, a imigração ilegal.