A acusação contra Comey, que esteve no centro da investigação sobre a interferência russa nas eleições de 2016, materializou-se após Trump ter criticado abertamente a procuradora-geral, Pam Bondi, por inação.

Numa publicação na sua rede social Truth Social, Trump exortou: "A JUSTIÇA TEM DE SER FEITA, AGORA!!!

", e anunciou a nomeação de Lindsey Halligan, uma das suas advogadas pessoais sem experiência como procuradora federal, para o Distrito Leste da Virgínia, onde o caso foi apresentado a um grande júri.

A acusação, formalizada pouco antes da prescrição do caso, alega que Comey mentiu ao Congresso em 2020.

Em resposta, Comey declarou não ter "medo" e classificou a ação como "a arma dos tiranos", afirmando ser "o preço a pagar por se opor a Donald Trump".

O Presidente saudou a acusação, descrevendo Comey como "um dos piores seres humanos a que este país já foi exposto".

Este episódio insere-se num padrão mais vasto de pressão sobre o sistema judicial, com Trump a admitir que "espera" que outros adversários, como a procuradora de Nova Iorque Letitia James e o senador Adam Schiff, sejam também acusados. A situação provocou uma crise interna no gabinete do procurador, com a demissão de Erik Siebert, que estaria sob pressão para acusar James.