Esta abordagem dupla, que combina retaliação e diplomacia, reflete a complexa política externa de Trump.
A disputa intensificou-se quando os EUA aplicaram a Lei Magnitsky à mulher do juiz Alexandre de Moraes, relator do processo que condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão, e a outras figuras do sistema judicial brasileiro.
O governo norte-americano justificou as sanções com alegadas violações de direitos humanos e perseguição política, considerando o julgamento de Bolsonaro uma "caça às bruxas".
Em resposta, o Brasil classificou as medidas como um "ataque à soberania" e uma "agressão" inaceitável.
No meio desta crise, durante a Assembleia Geral da ONU, Trump anunciou de forma surpreendente uma reunião com Lula da Silva para a semana seguinte, após um breve encontro nos corredores. Trump afirmou ter tido uma "excelente química" com o líder brasileiro, apesar de, no seu discurso, ter criticado o Brasil e ameaçado com mais tarifas.
Lula da Silva, por sua vez, mostrou-se otimista, acreditando que o encontro poderá "acabar com o mal-estar existente", mas reforçou que a "democracia e a soberania brasileira não são negociáveis".
A aproximação entre os dois líderes terá sido mediada pelo empresário brasileiro Joseley Batista, dono da JBS, que tem fortes interesses económicos nos EUA.













