Esta medida reflete uma escalada na estratégia de "lei e ordem" da administração, visando reprimir protestos que considera violentos.
Donald Trump justificou a mobilização militar como necessária para proteger as instalações do Serviço de Imigração e Controlo de Alfândegas (ICE), que, segundo ele, estavam sob ataque de grupos ligados ao movimento Antifa, designados pela sua administração como "terroristas domésticos".
O presidente instruiu o secretário da Defesa, Pete Hegseth, a mobilizar "todas as tropas necessárias" e autorizou o "uso da força total, se necessário".
Esta intervenção em Portland representa o quarto grande envio de forças federais para cidades administradas por democratas, seguindo-se a Washington, Los Angeles e Memphis, o que alimenta acusações de uso político das forças armadas para intimidar a oposição. A medida encontrou forte resistência por parte das autoridades locais; tanto o prefeito de Portland, Keith Wilson, como a governadora do Oregon, Tina Kotek, rejeitaram a intervenção, afirmando não existir uma crise que a justificasse.
Especialistas jurídicos levantaram preocupações sobre a potencial violação do Posse Comitatus Act, que limita o uso de militares em funções de policiamento interno.
Para contornar esta restrição, a administração pondera invocar a Lei da Insurreição (Insurrection Act), um passo que seria, com certeza, contestado judicialmente e que intensificaria o debate sobre as prerrogativas presidenciais e o equilíbrio entre segurança e direitos cívicos.













