A reunião em Washington representa o culminar de uma intensa atividade diplomática da administração Trump para resolver o conflito israelo-palestiniano.

O presidente norte-americano tem-se mostrado otimista, afirmando que há “uma oportunidade real de alcançar algo grande no Médio Oriente” e que um acordo está “muito perto”. A proposta norte-americana, detalhada num plano de 21 pontos apresentado a líderes árabes e muçulmanos, prevê um cessar-fogo permanente, a libertação de todos os reféns israelitas, uma retirada militar israelita de Gaza e a formação de um futuro governo no território sem a presença do Hamas.

O vice-presidente JD Vance reforçou esta visão, afirmando que o objetivo de Trump é que Gaza e a Cisjordânia sejam controladas “pelas pessoas que lá vivem”.

No entanto, este otimismo contrasta com a posição de Netanyahu, que, no seu discurso na ONU, se mostrou determinado a “eliminar o Hamas” e a “terminar a missão” militar, rejeitando pressões internacionais.

O contexto é uma guerra que já causou mais de 66 mil mortos palestinianos, segundo dados da ONU.

As negociações, que contam com a participação ativa do genro de Trump, Jared Kushner, procuram conciliar estas posições divergentes.

Trump chegou a comprometer-se perante líderes islâmicos a não permitir que Israel anexe a Cisjordânia, um ponto crucial para a viabilidade de qualquer acordo de paz duradouro na região.