Durante a sua intervenção, Trump questionou a utilidade da ONU, afirmando que “palavras vazias não acabam com guerras” e gabando-se de ter terminado “sete guerras sozinho” sem qualquer ajuda da organização.

O presidente criticou duramente os países europeus pelas suas políticas de imigração e de combate às alterações climáticas, que descreveu como “suicídio económico”, alertando que “os vossos países estão a caminho do inferno”.

Elogiou a energia fóssil e classificou a crise climática como “o maior embuste já feito à humanidade”.

A sua participação foi, no entanto, ofuscada por uma série de incidentes técnicos que o levaram a acusar a ONU de sabotagem. Numa publicação na sua rede social, Trump descreveu três “eventos sinistros”: uma avaria na escada rolante à sua chegada, uma falha no teleponto durante o discurso e problemas no sistema de som. “Não foi uma coincidência, foi uma tripla sabotagem”, escreveu, exigindo uma investigação imediata a António Guterres. O gabinete do Secretário-Geral respondeu que já tinha ordenado uma investigação e que estava pronto a cooperar “com total transparência”.

Apesar das críticas, minutos depois do seu discurso, Trump encontrou-se com Guterres e garantiu-lhe que apoiava a ONU “a 100%”, numa demonstração da sua abordagem contraditória à diplomacia internacional.