A decisão marca um novo ponto baixo nas relações entre os dois países, já tensas por questões de política de drogas e relações externas.

O incidente ocorreu durante uma manifestação pró-palestiniana em Nova Iorque, onde Petro, usando um megafone, pediu aos soldados dos EUA que "desobedeçam à ordem de Trump" e "não apontem as vossas armas contra a humanidade". Horas depois, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a revogação do visto de Petro "devido às suas ações imprudentes e incendiárias".

A decisão foi comunicada numa altura em que Petro já se encontrava na Colômbia.

O presidente colombiano reagiu na rede social X, afirmando que "não se importava" com a medida, pois, sendo também cidadão italiano, poderia viajar para os EUA sem visto. Em resposta, a ministra dos Negócios Estrangeiros colombiana, Rosa Yolanda Villavicencio, anunciou que iria renunciar ao seu próprio visto americano como "um ato de dignidade", afirmando que "a nossa soberania não se curva".

Este episódio agrava as tensões já existentes entre a administração Trump e o governo de esquerda da Colômbia. No início de setembro, Trump já tinha colocado a Colômbia numa lista de países que, na sua opinião, não estavam a cumprir os compromissos internacionais no combate ao narcotráfico.