O anúncio assinala uma potencial viragem nas relações tensas, marcadas pela imposição de tarifas norte-americanas e pelo apoio de Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump revelou ter encontrado Lula nos corredores e que, após um abraço, sentiu uma "excelente química". Anunciou então: "Combinamos encontrar-nos na semana que vem".

Este momento de aparente cordialidade contrasta fortemente com as tensões recentes.

Trump impôs "tarifas pesadas" ao Brasil em resposta ao que considera uma "caça às bruxas" e "perseguição de críticos políticos", referindo-se à condenação de Jair Bolsonaro.

Por seu lado, Lula da Silva, no seu próprio discurso na ONU, denunciou a "agressão contra o poder judiciário" como "inaceitável" e afirmou que "não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra" as instituições brasileiras.

Apesar do clima de confronto, Lula mostrou-se otimista em relação ao futuro encontro, afirmando acreditar que este poderá "acabar com o mal-estar existente" e que Trump terá sido "mal informado" sobre o Brasil.

O presidente brasileiro sublinhou, no entanto, que a "democracia e soberania brasileira não são negociáveis" e deixou um aviso: "quando tiver eleição nos Estados Unidos, eu não me meto. E quando tiver eleição no Brasil, ele não se mete".

A aproximação terá sido mediada pelo empresário brasileiro Joseley Batista, dono da JBS, que tem um peso económico significativo nos EUA.