A medida, justificada com a proteção da indústria nacional e a segurança nacional, abrange também camiões pesados, semicondutores, mobiliário e filmes produzidos no estrangeiro, gerando reações internacionais.

A nova política tarifária, que entrou em vigor a 1 de outubro, representa uma escalada na estratégia protecionista de Donald Trump. A tarifa de 100% sobre produtos farmacêuticos é a mais drástica, aplicando-se a menos que as empresas estrangeiras estejam a construir ou tenham projetos de construção de fábricas nos Estados Unidos.

Medicamentos genéricos foram excluídos da medida.

Em resposta, grandes farmacêuticas como a Eli Lilly e a Pfizer anunciaram investimentos multimilionários em território americano para evitar as taxas.

A Casa Branca clarificou que irá honrar acordos com a União Europeia e o Japão, que limitam as tarifas a 15%, beneficiando empresas como a AstraZeneca e a Sanofi.

Adicionalmente, foram impostas tarifas de 25% sobre camiões pesados, devido à "concorrência externa desleal", e taxas sobre mobiliário e madeira.

A ofensiva comercial estende-se ao setor tecnológico, com Trump a prometer impor tarifas "bastante significativas" sobre semicondutores importados, numa tentativa de pressionar parceiros como Taiwan a transferir parte da produção para os EUA, uma exigência que Taipé já rejeitou. O Presidente anunciou ainda a intenção de aplicar uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos Estados Unidos, argumentando que o "negócio de produção cinematográfica foi roubado" do país.