A nova visão, apresentada numa reunião inédita com centenas de generais e almirantes, visa restaurar um "ethos guerreiro" e impor padrões físicos estritamente masculinos.
Num encontro invulgar na base de Quantico, na Virgínia, Hegseth declarou o fim da "era da liderança politicamente correta, excessivamente sensível".
As novas diretivas incluem a imposição de requisitos físicos baseados exclusivamente no "mais alto padrão masculino" para todos os combatentes, o que pode efetivamente afastar mulheres de certas funções de combate. "Se isso significa que nenhuma mulher se qualifica para algumas funções de combate, que assim seja", afirmou.
Hegseth criticou duramente a aparência dos militares, declarando guerra a "generais e almirantes gordos" e anunciando o fim de "barbas, cabelos longos e expressões superficiais e individuais".
A reforma também visa eliminar todas as políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), que Hegseth considera responsáveis por transformar o Departamento de Defesa num "Departamento Woke". O Presidente Trump apoia a iniciativa, tendo prometido "despertar o espírito guerreiro" e renomeado informalmente o Pentágono para "Departamento de Guerra".
A medida gerou alarme e preocupação na hierarquia militar, especialmente após Hegseth ter anunciado planos para reduzir o número de oficiais de alta patente em 20% e ter sugerido que quem não concordar com a nova linha deve demitir-se. A reforma insere-se numa guerra cultural mais ampla da administração, como evidenciado pela decisão de Hegseth de manter as Medalhas de Honra atribuídas a militares envolvidos no massacre de Wounded Knee em 1890, uma decisão classificada por líderes indígenas como revisionista e ofensiva.













