A nova diretiva procura incutir um "ethos guerreiro", com foco em padrões físicos masculinos e o fim de políticas de diversidade. Numa reunião inédita com centenas de generais e almirantes em Quantico, Virgínia, Hegseth declarou que a era da liderança "politicamente correta, excessivamente sensível, de 'não magoes os sentimentos de ninguém' termina agora".

O chefe do Pentágono, cujo departamento foi renomeado por Trump para "Departamento de Guerra", criticou duramente a aparência dos militares, afirmando ser "completamente inaceitável ver generais e almirantes obesos nos corredores do Pentágono".

Anunciou que todos os testes de aptidão física serão definidos tendo em conta o "padrão masculino mais elevado", uma medida que, admitiu, poderá limitar o papel das mulheres em combate. "Se isso significa que nenhuma mulher se qualifica para algumas funções de combate, que assim seja", declarou.

A reforma também visa acabar com iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), bem como com "barbas, cabelos longos e expressões superficiais e individuais".

Hegseth desafiou os oficiais presentes, afirmando: "Se as palavras que estou a dizer hoje estão a deixar-vos desanimados, então devem fazer o mais honroso e demitir-se".

Esta nova visão está alinhada com a decisão de não revogar as Medalhas de Honra concedidas aos militares envolvidos no massacre de Wounded Knee em 1890, uma medida que Hegseth defendeu como historicamente correta, contra as críticas de líderes indígenas e historiadores.