Esta abordagem levanta questões sobre a independência da justiça e a influência do poder executivo.
No campo tecnológico, a Google (proprietária do YouTube) concordou em pagar 24,5 milhões de dólares (cerca de 20,8 milhões de euros) para encerrar um processo movido por Donald Trump devido à suspensão da sua conta em 2021, após o ataque ao Capitólio. Este acordo segue-se a outros semelhantes com a Meta (25 milhões de dólares) e o X (10 milhões de dólares), demonstrando uma estratégia de resolução de conflitos legais com as plataformas digitais. Paralelamente, a administração tem exercido uma pressão explícita sobre o Departamento de Justiça para visar os seus inimigos políticos.
O caso mais notório é o do ex-diretor do FBI, James Comey, que foi acusado de obstrução à justiça e perjúrio por um grande júri federal. A acusação surgiu pouco depois de Trump se ter queixado publicamente à procuradora-geral, Pam Bondi, através da sua rede social Truth Social, de que Comey ainda não tinha sido processado, exclamando: "A JUSTIÇA TEM DE SER FEITA, AGORA!!!". Questionado sobre se tinha uma lista de adversários a processar, Trump negou, mas admitiu que "espera" que outros sejam acusados, insistindo que "é uma questão de justiça, não de vingança". Em resposta, Comey declarou que a ação judicial é "a arma dos tiranos" e que não tem "medo".













