A administração Trump decidiu pôr fim a esta proteção para cerca de 600.000 venezuelanos e 500.000 haitianos que a tinham recebido sob a presidência de Joe Biden.

A decisão do Supremo Tribunal foi criticada pelos três juízes liberais.

A juíza Ketanji Brown Jackson descreveu-a como "mais um grave abuso da nossa agenda de emergência", acrescentando que não podia tolerar a "repetida, gratuita e prejudicial interferência em casos pendentes em tribunais inferiores enquanto vidas estão em jogo".

Advogados dos migrantes relataram que, após uma intervenção judicial anterior semelhante em maio, alguns venezuelanos perderam os seus empregos e casas, e outros foram detidos e deportados. Em resposta, a Plataforma Democrática Unitária (PUD), a maior coligação da oposição na Venezuela, apelou ao governo dos EUA para que reveja a sua política de imigração e garanta "alternativas que permitam a residência legal" para a maioria dos seus cidadãos, que foram "forçados a emigrar" devido à crise humanitária no seu país. A decisão reflete a linha dura da administração Trump em matéria de imigração e o seu esforço para reverter políticas implementadas pelo seu antecessor.