As novas diretrizes visam eliminar o "politicamente correto" e impor padrões físicos mais rigorosos, o que poderá afetar a participação de mulheres em funções de combate. Numa reunião inédita com centenas de generais e almirantes de todo o mundo, Hegseth criticou duramente a liderança militar, afirmando que se tornou "excessivamente sensível". Anunciou o fim das políticas de diversidade, equidade e inclusão, que, na sua ótica, levaram à promoção de oficiais com base na raça ou género. "Chega de meses de identidade, escritórios de diversidade, equidade e inclusão; homens de vestido. Chega de adoração às mudanças climáticas", declarou.

Uma das medidas mais controversas é a imposição de que todos os testes de aptidão física sejam definidos com base no "padrão masculino mais elevado". Hegseth foi explícito: "Não quero que o meu filho sirva ao lado de soldados que estão em má forma física ou em unidades de combate com mulheres que não conseguem cumprir os mesmos padrões físicos dos homens". Acrescentou que, "se isso significa que nenhuma mulher se qualifica para algumas funções de combate, que assim seja".

Hegseth também criticou a aparência dos militares, declarando guerra a "generais gordos" e "barbudos", e ordenou exames físicos bianuais para todos os membros, independentemente da patente.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, ironizou as declarações, publicando uma foto de Donald Trump com excesso de peso e sugerindo que o "Comandante Supremo" também teria de sair. A reforma de Hegseth representa uma mudança cultural radical no Pentágono, alinhada com a agenda da administração Trump de reverter o que consideram ser políticas progressistas nas instituições americanas.