O Presidente Donald Trump e a sua administração transformaram o impasse orçamental numa ofensiva direta contra os seus adversários políticos.

Foram anunciados cortes que totalizam 26 mil milhões de dólares, visando projetos de infraestruturas e energia em estados que votaram na candidata democrata Kamala Harris. Um dos alvos principais foi um conjunto de 223 projetos de energia limpa em 16 estados democratas, aos quais foram cancelados 7,6 mil milhões de dólares em subsídios.

O diretor do Gabinete de Orçamento da Casa Branca, Russell Vought, confirmou a natureza política da decisão ao afirmar nas redes sociais que o objetivo era cortar o financiamento da “falsa iniciativa do Novo Pacto Verde” e da “agenda climática da esquerda”.

O estado de Nova Iorque, representado pelos líderes democratas Chuck Schumer e Hakeem Jeffries, foi um dos mais penalizados, com a suspensão de 18 mil milhões de dólares. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, acusou Trump de chantagem política, alertando que os cortes no seu estado ameaçavam mais de 200 mil empregos. Esta estratégia de “punição económica” foi vista como uma forma de pressionar os senadores democratas a cederem no impasse orçamental, utilizando os fundos federais como uma arma no conflito partidário.