A administração Trump entrou em rota de colisão com a comunidade académica e científica, com políticas que a Academia Real Sueca de Ciências considerou uma ameaça à “liberdade académica”. Em paralelo, o Presidente Donald Trump intensificou as suas declarações de que merece ser galardoado com o Prémio Nobel da Paz. A vice-presidente da academia sueca, Ylva Engstrom, alertou que as propostas de Trump poderiam ter “efeitos devastadores”, criticando medidas como os cortes orçamentais ao Instituto Nacional de Saúde (NIH), a intenção de desmantelar o Departamento de Educação e a imposição de limites à matrícula de estudantes internacionais. A administração também promoveu a “educação patriótica” e ameaçou reter fundos federais de universidades devido a protestos pró-Gaza, pondo em causa as políticas de diversidade.
A Casa Branca defendeu as suas reformas como uma forma de “cortar desperdícios” e “reforçar o domínio inovador e científico dos norte-americanos”.
Este confronto ocorre enquanto Trump se auto-promove para o Nobel da Paz, afirmando que seria um “grande insulto” para os Estados Unidos se não o recebesse. Num discurso perante altos quadros militares, declarou: “Eles vão dá-lo a um tipo que não fez nada”, referindo-se aos seus esforços para, na sua ótica, terminar vários conflitos mundiais, incluindo a mediação do plano de paz para Gaza.
A Fundação Nobel expressou a sua preocupação com os desafios à liberdade intelectual a nível global, reafirmando o compromisso em proteger a investigação sem restrições ideológicas.
Em resumoA presidência de Trump foi marcada por uma tensão crescente com o mundo académico e científico, cujas políticas foram vistas como um ataque à liberdade de investigação. Esta situação contrastou com a persistente campanha do próprio presidente para ser reconhecido com o Prémio Nobel da Paz, criando um paradoxo entre as suas ações domésticas e as suas ambições de reconhecimento internacional.