A nova diretiva visa eliminar o que foi apelidado de “lixo ideológico” e “woke”, e reorientar os militares para combater também um “inimigo interno”. No encontro na base de Quantico, Pete Hegseth declarou “guerra aberta” contra “generais gordos” e “barbudos”, anunciando uma revisão das normas de aptidão física para impor o “padrão masculino mais elevado” para todas as funções de combate, o que poderá limitar o papel das mulheres. “Se isso significa que nenhuma mulher se qualifica para algumas funções de combate, que assim seja”, afirmou Hegseth, que também criticou as políticas de diversidade, equidade e inclusão, afirmando que o Pentágono se tinha tornado o “Departamento Woke”.

O Presidente Donald Trump, no mesmo evento, reforçou esta visão, defendendo que o país enfrenta “uma guerra interna” ligada à imigração e à agitação civil.

Trump chegou a sugerir o uso de “cidades perigosas”, governadas por democratas, como “campos de treino” para as tropas, uma ideia que gerou alarme. O presidente elogiou o seu arsenal nuclear, afirmando que os EUA estão “25 anos à frente” da Rússia e da China, e defendeu a criação de uma “força de reação rápida para reprimir os distúrbios públicos”, composta por militares para enfrentar o “inimigo interno”.

Esta politização das forças armadas e a sua projeção para a segurança interna foram vistas como uma degradação das linhas entre o poder militar e a política.