O plano de 20 pontos, aceite inicialmente pelo primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, propõe um cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns em 72 horas, o desarmamento do Hamas e a sua renúncia ao poder, em troca da retirada gradual das forças israelitas. Contempla ainda a formação de um governo de transição em Gaza, supervisionado por um comité liderado pelo próprio Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
A diplomacia norte-americana, liderada pelo Secretário de Estado Marco Rubio e com o envolvimento do conselheiro presidencial Jared Kushner, intensificou os esforços, com equipas a deslocarem-se ao Cairo para finalizar os detalhes.
Trump adotou uma postura agressiva, emitindo ultimatos e ameaçando que “todo o inferno cairá sobre o Hamas” caso o grupo rejeitasse a proposta.
As reações foram mistas: o Presidente do Egito e o Presidente francês, Emmanuel Macron, saudaram a iniciativa.
No entanto, o Hamas manifestou “disponibilidade” para negociar, mas exigiu alterações e garantias, enquanto a sua ala militar se opôs ao plano, acreditando que este visava a sua destruição.
Netanyahu, apesar do apoio inicial, distanciou-se posteriormente da possibilidade de um Estado palestiniano, um dos pontos do acordo.
Analistas como o almirante James Stavridis expressaram “otimismo cauteloso”, comparando as negociações à cena de “Lucy com a bola de futebol”, sublinhando que o sucesso dependeria de se definir quem governaria Gaza, como desarmar o Hamas e quem financiaria a reconstrução.













