Num evento na Casa Branca, o Presidente Donald Trump e o CEO da Pfizer, Albert Bourla, anunciaram um acordo histórico.

A Pfizer tornou-se a primeira farmacêutica a aplicar nos EUA a "cláusula da nação mais favorecida", comprometendo-se a praticar preços iguais ou inferiores aos mais baixos existentes noutros países.

Bourla assegurou que a maioria dos tratamentos de atenção primária teria um desconto médio de 50%.

Trump celebrou a decisão, afirmando: "Finalmente, vamos pagar pelos medicamentos o mesmo — ou até menos — que outros países."

Esta medida faz parte de uma estratégia mais ampla para forçar uma reestruturação do modelo global de preços, transferindo o fardo económico para a Europa. Trump acusa a União Europeia de ter "negociado de forma brutal" e de beneficiar de um "socialismo no estrangeiro" subsidiado pelos cidadãos americanos.

A pressão já está a surtir efeito.

A Bristol Myers Squibb anunciou que venderá a sua nova terapia para a esquizofrenia no Reino Unido ao mesmo preço dos EUA, rompendo com a prática de preços mais baixos na Europa. Outras empresas, como a Novartis, alertaram que a Europa precisa de "reformar os seus sistemas de preços" para evitar que produtos sejam retirados do mercado. Especialistas descrevem a situação como uma "partida a três bandas" entre Trump, as farmacêuticas e a UE, onde os dois primeiros partilham o objetivo de fazer a Europa pagar mais. Em troca da redução de preços, a Pfizer beneficiará de uma isenção de três anos sobre as tarifas aduaneiras recentemente impostas pela administração.