A administração Trump indicou que não garante o pagamento retroativo, uma decisão vista como uma tática de pressão política. A atual paralisação, que afeta cerca de 750 mil funcionários federais, foi desencadeada pela falta de acordo entre republicanos e democratas sobre a extensão do financiamento para cuidados de saúde, especificamente os subsídios da Lei de Acesso aos Cuidados de Saúde (Obamacare).

Os democratas condicionam o seu apoio ao orçamento à manutenção destes subsídios.

Em resposta, o Presidente Donald Trump classificou a posição da oposição como um "ataque kamikaze", acusando-os de paralisar o governo por terem perdido as eleições. A controvérsia intensificou-se com o anúncio da Casa Branca de que o pagamento retroativo dos salários dos trabalhadores suspensos não está garantido, revertendo uma prática instituída em legislação que o próprio Trump promulgou em 2019, após a mais longa paralisação da história do país.

Um documento interno do Gabinete de Gestão e Orçamento afirma que tal pagamento deve ser decidido pelo Congresso.

Esta posição é amplamente interpretada como uma tática para pressionar os congressistas a cederem. Durante uma reunião, Trump expressou uma posição ambígua, afirmando que os pagamentos "dependem de quem estivermos a falar", minutos antes de dizer que iria "aplicar a lei".

A incerteza agrava a situação dos funcionários públicos, que enfrentam a suspensão de salários enquanto o impasse político em Washington persiste.