A Ministra da Justiça, Pam Bondi, defendeu os processos movidos contra adversários de Donald Trump numa audiência no Senado, onde foi acusada por democratas de instrumentalizar a justiça para fins partidários. A audiência destacou a crescente politização do Ministério da Justiça sob a administração Trump. Durante a conturbada audiência, senadores democratas, como Dick Durbin, acusaram Bondi, uma antiga advogada do presidente, de ter transformado profundamente o Ministério da Justiça e deixado uma "enorme mancha na história americana".
Os democratas argumentaram que, ao contrário do seu antecessor, Trump ordenou a perseguição dos seus opositores políticos. Em sua defesa, Pam Bondi afirmou que os seus serviços estavam a trabalhar para restaurar a confiança na justiça, após o que qualificou como uma instrumentalização política sob a administração anterior.
"Estamos a regressar à nossa missão fundamental de combater o verdadeiro crime", declarou a ministra.
A audiência foi contextualizada pelas promessas de campanha de Trump de atacar os seus adversários caso regressasse ao poder, bem como pela acusação subsequente do antigo diretor do FBI, James Comey, por falso testemunho. A sessão atingiu um "nível de violência e rancor raramente observado", com Bondi a recusar-se a responder se tinha discutido o caso de Comey com o presidente e a lançar ataques pessoais contra os senadores que a interrogavam.
Em resumoA audiência da Ministra da Justiça, Pam Bondi, no Senado expôs as profundas divisões sobre a independência do Ministério da Justiça. Enquanto Bondi defendeu as suas ações como um regresso à missão de combater o crime, os democratas acusaram-na de politizar a instituição para servir a agenda do Presidente Trump, apontando para os processos contra os seus adversários como prova de uma instrumentalização partidária.