A iniciativa, mediada pelos EUA, Qatar, Egito e Turquia, representa um dos esforços mais significativos da sua administração para resolver o conflito israelo-palestiniano.
O plano de paz, apresentado por Trump a 29 de setembro, delineia um acordo multifásico que começa com a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas no prazo de 72 horas, em troca da libertação de prisioneiros palestinianos.
A primeira fase, que Trump confirmou ter sido aceite por ambas as partes, implica também a retirada das tropas israelitas para uma "linha acordada". O Presidente norte-americano demonstrou grande otimismo, afirmando na sua rede social Truth Social que este era "um ótimo dia para o mundo árabe, muçulmano, israelita" e que "todas as partes serão tratadas justamente". A sua confiança foi tal que ponderou uma visita ao Médio Oriente para assinalar o progresso.
A reação internacional foi maioritariamente positiva, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a agradecer o "compromisso com a paz" de Trump e a União Europeia a manifestar o seu apoio.
Contudo, a implementação do plano enfrenta obstáculos significativos.
O Hamas, embora tenha manifestado "disponibilidade para entrar imediatamente em negociações", não concordou com todos os pontos, nomeadamente o desarmamento.
Além disso, a ala militar do movimento em Gaza, liderada por Izz al-Din al-Haddad, opôs-se ao acordo, acreditando ser uma armadilha para eliminar o grupo.
Para aumentar a pressão, Trump emitiu um ultimato, avisando que, se o acordo não fosse finalizado até domingo, "o caos instalar-se-á contra o Hamas como nunca antes".














