A possibilidade gerou uma proposta invulgar do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e fortes advertências de Moscovo sobre uma escalada perigosa. O Presidente Donald Trump afirmou ter "tomado praticamente uma decisão" sobre o fornecimento dos mísseis, que possuem um alcance de até 1.500 quilómetros, mas frisou que precisa de saber "exatamente como serão utilizados".

Do lado ucraniano, a perspetiva é vista como uma oportunidade decisiva.

O Presidente Zelensky acredita que os Tomahawks permitiriam atingir alvos estratégicos em território russo, "até à Sibéria", fortalecendo a posição de Kiev nas negociações.

Numa jogada diplomática notável, Zelensky declarou que, se o fornecimento dos mísseis por parte de Trump contribuir para um cessar-fogo, a Ucrânia irá nomeá-lo para o Prémio Nobel da Paz.

Em contrapartida, a Rússia reagiu com veemência.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, alertou que tal decisão levaria a uma "nova e séria etapa de escalada" e causaria "danos irreparáveis às relações russo-americanas".

O Presidente Vladimir Putin reforçou o aviso, afirmando que o envio destes mísseis representaria uma ameaça direta e agravaria as relações, dado que a sua utilização exigiria, na sua opinião, a participação direta de militares norte-americanos.