O Supremo Tribunal dos Estados Unidos deu luz verde à administração Trump para terminar o Estatuto de Proteção Temporária (TPS) para mais de 300.000 migrantes venezuelanos. Esta decisão, que remove uma proteção fundamental contra a deportação, representa um marco na política de imigração do Presidente e gerou preocupação entre grupos de defesa dos direitos humanos e a oposição venezuelana. Através de uma ordem de emergência, o tribunal superior suspendeu a decisão de um juiz de primeira instância que considerava a terminação do TPS como indevida. Esta medida alinha-se com a estratégia mais ampla da administração Trump de reverter proteções que permitem a imigrantes de países em crise, como a Venezuela e o Haiti, viver e trabalhar legalmente nos EUA.
O TPS, criado em 1990, destina-se a impedir deportações para nações afetadas por desastres naturais ou conflitos civis.
A decisão do Supremo Tribunal foi criticada por advogados dos migrantes, que alertaram que alguns já perderam os seus empregos e casas, enquanto outros foram detidos e deportados após intervenções judiciais anteriores. Em reação, a Plataforma Democrática Unitária (PUD), a principal coligação da oposição na Venezuela, apelou publicamente ao governo dos EUA para que "reveja urgentemente a sua política de imigração em favor dos venezuelanos", sublinhando que estes migrantes foram forçados a emigrar devido à grave crise humanitária no seu país.
Em resumoA decisão do Supremo Tribunal de permitir o fim do TPS para centenas de milhares de venezuelanos representa uma vitória significativa para a agenda de imigração restritiva de Donald Trump. A medida deixa uma vasta comunidade de migrantes em situação de vulnerabilidade e provocou apelos urgentes para uma revisão da política por parte de ativistas e da oposição venezuelana.