Milhares de funcionários foram despedidos, numa medida que a Casa Branca descreve como necessária e a oposição denuncia como uma manobra política. A paralisação, que dura há mais de 10 dias, teve origem no desacordo sobre o financiamento de programas de cuidados de saúde, com os Democratas a exigirem a reversão de cortes no Obamacare. Aproveitando o impasse, a administração Trump viu uma oportunidade para “encolher a força de trabalho federal”.

O diretor do Office of Management and Budget (OMB), Russel Vought, anunciou o início do processo com uma simples mensagem na rede social X: “Os RIF começaram”.

A sigla RIF (Reduction in Force) refere-se a despedimentos permanentes, e não a suspensões temporárias.

A primeira vaga atingiu mais de 4100 funcionários de vários departamentos.

O próprio Presidente Trump confirmou a natureza política da medida, afirmando que os despedimentos seriam “orientados para os democratas, porque acreditamos que eles começaram isto”.

A paralisação afetou cerca de 750 mil trabalhadores, causando perturbações em serviços essenciais como o controlo de tráfego aéreo e ameaçando o pagamento de salários às forças armadas.

Agravando a situação, a Casa Branca reverteu a prática de garantir o pagamento retroativo dos salários aos funcionários afetados, transferindo essa decisão para o Congresso e aumentando a pressão sobre os Democratas para cederem nas negociações.