Um estudo do International Center for Journalists (ICFJ) concluiu que o Presidente Donald Trump foi a principal fonte de desinformação nos Estados Unidos em 2024. A investigação aponta para o uso de narrativas falsas como uma ameaça à democracia e um fator de erosão da confiança nos meios de comunicação. O relatório, intitulado “Desarmando a Desinformação: Estados Unidos”, afirma de forma categórica que “o Presidente dos EUA, Donald Trump, foi a fonte dominante e distribuidora de desinformação” durante o ano de 2024. A análise, baseada em 10.000 notícias e publicações, bem como num inquérito a mais de mil americanos, destaca que Trump utilizou principalmente as “forças políticas domésticas” para disseminar narrativas falsas, em vez de depender de atores estatais estrangeiros. O estudo sublinha que a “disseminação viral de desinformação e o ataque estratégico a jornalistas surgiram como ameaças interligadas à democracia”.
Esta estratégia contribuiu para uma “profunda crise de informação” e para a diminuição da confiança na imprensa, num clima de crescentes ataques aos media por parte do próprio governo. O relatório menciona ainda que espaços digitais fechados, como grupos de WhatsApp, funcionam como “casulos de informação” que potenciam a propagação de rumores e falsidades.
Segundo os autores, a normalização de ataques à imprensa é evidente, com 86% dos inquiridos a afirmar ter testemunhado assédio a jornalistas online, um fenómeno que mina o jornalismo e intimida os profissionais da comunicação.
Em resumoUm estudo detalhado do ICFJ identificou o Presidente Trump como a figura central na disseminação de desinformação nos EUA em 2024. As suas ações contribuíram para um ambiente hostil contra a imprensa, erodindo a confiança do público nos media e representando, segundo os investigadores, uma ameaça significativa para o discurso democrático.