Este pacto visa pôr fim a dois anos de conflito e garantir a libertação de reféns. O acordo, resultado de uma abordagem diplomática pessoal e por vezes heterodoxa de Donald Trump, assenta num plano de 20 pontos negociado no Egito. A primeira fase prevê a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinianos, a retirada das forças israelitas para uma zona demarcada e a entrada de ajuda humanitária. A diplomacia de Trump foi marcada por intervenções diretas, como um ultimato público ao Hamas através das redes sociais e a exigência de um pedido de desculpas do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ao Qatar para desbloquear as negociações.
O presidente americano anunciou o acordo na sua plataforma Truth Social, declarando: “TODOS os reféns serão libertados em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada, como primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e eterna”.
Para supervisionar a implementação, os EUA anunciaram o envio de 200 militares para a região para estabelecer um centro de coordenação. A centralidade de Trump no processo é sublinhada pela sua planeada viagem ao Egito para uma cerimónia de assinatura oficial e pelo envolvimento direto dos seus enviados especiais, Steve Witkoff e o seu genro, Jared Kushner, que foram afastados dos canais diplomáticos tradicionais. O sucesso desta mediação foi de tal forma notado que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou o “feito incrível” de Trump, sugerindo que tal sucesso poderia abrir caminho para a paz noutras regiões, incluindo a Ucrânia.














