A crise evidencia a profunda divisão política em Washington e as táticas de pressão da administração Trump.
A paralisação, que dura há mais de dez dias, tem como ponto central a exigência Democrata de prorrogação dos subsídios para programas de seguro de saúde (Obamacare), à qual os Republicanos se opõem. Como consequência, mais de 700.000 funcionários federais com funções consideradas não essenciais foram colocados em desemprego técnico, e serviços públicos como o controlo de tráfego aéreo e museus foram afetados. Numa escalada da crise, a administração Trump começou a despedir funcionários federais através de um processo de “Reduction in Force” (RIF), com o diretor do Office of Management and Budget, Russel Vought, a anunciar que “Os RIFs começaram”. O próprio Trump admitiu que os despedimentos seriam “orientados para os democratas”, numa tentativa de pressionar a oposição. Para mitigar o impacto sobre as forças armadas, o presidente invocou o seu poder de Comandante-em-Chefe para ordenar o pagamento dos salários aos militares, declarando: “Não deixarei que os democratas mantenham como reféns os nossos militares e toda a segurança do nosso país com o seu perigoso ‘shutdown’ do Estado”.
A Casa Branca tem vindo a culpar publicamente a oposição, referindo-se à crise como o “shutdown democrata”.














