As declarações geraram uma resposta firme do governo espanhol e expuseram as tensões dentro da Aliança Atlântica.

Durante declarações conjuntas com o presidente finlandês, Alexander Stubb, Trump criticou abertamente Espanha por não cumprir a meta de investimento em defesa, que a sua administração tem pressionado para aumentar para 5% do PIB de cada país membro. “Não têm desculpa para não fazer isto, mas está tudo bem: Talvez os devessem expulsar da NATO”, afirmou Trump.

Esta ameaça insere-se numa campanha de longa data do presidente americano para que os aliados europeus assumam uma maior fatia dos custos da defesa coletiva.

No entanto, a sugestão de expulsão foi recebida com ceticismo.

Fontes da NATO, consultadas pela agência Europa Press, explicaram que “não se pode expulsar um aliado.

Não há nenhum procedimento para isso”, e enquadraram as declarações de Trump como uma tática de pressão.

O governo espanhol reagiu, defendendo o seu compromisso com as obrigações militares e afirmando que é um membro de pleno direito com os mesmos direitos que os Estados Unidos.

Apesar de a NATO não prever a expulsão de membros, o artigo 13.º do tratado fundador permite a saída voluntária, algo que nunca aconteceu nos mais de 75 anos de história da aliança.